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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Desespero

Estou sentada num banco de jardim
E procuro descobrir o que se passa em mim
Embora não obtenha resposta

Dou-me conta
De que procuro razões
Para a minha insatisfação pessoal
E vejo-me a perguntar ao vazio
“Quem sou e o que quer de mim a vida?”

Embora não obtenha resposta
Tento procurar em lembranças recentes.
Vejo-me a vaguear,
A pensar,
A imaginar,
Mas a nenhuma conclusão chego!

Tento iludir-me com coisas desnecessárias
Mas sinto que não estou feliz,
Não estou satisfeita,
Nem segura de mim mesma.

Tento, então, procurar em lembranças longínquas
E aí só me apareces Tu!
E fazes-me lembrar de certos bons momentos que acabaram
Que só me fazem chorar,
Enfraquecer,
Sonhar,
Embora saiba que é um caso perdido.
Perdi-te e nunca te poderei ter de novo!

Tenho a impressão
De que estou só,
Que tenho um vazio dentro de mim!

A certa altura,
Um amigo aproxima-se
Devagar, devagarinho
Talvez com medo de me assustar
Senta-se a meu lado,
Tenta aproximar-se de mim
E aconchega-me no seu peito
Dando-me o carinho de que necessito
E tenta animar-me!

Notei que tinha batido no fundo,
Que já não tinha vontade de fazer nada
Mas de certo modo
Esse meu amigo
Fez me perceber que merecia melhor!
Que não me poderia deixar abater
Mas sim seguir em frente
E provar ao ingrato
Que conseguiria alguém melhor que ele!